Curso com certificado!

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Despedida do padre conterrâneo



Hoje, em nossa terra, o dia terminou com a fatídica notícia do falecimento do Padre conterrâneo Erivan Primo, um dos filhos ilustres de nosso município. O religioso em Natal/RN, durante meses a fio, com fé e esperança na recuperação fesíca, enfrentou sérios problemas de saúde.
Em março de 2015, o primeiro lagoanovense a se tornar padre, quando já dirigia a paróquia de Sant'
Ana, a época, ele com 47 anos, em uma tarde memorável, gentilmente nos recebeu, para uma entrevista, gravada ali mesmo na secretaria da igreja, com a finalidade de sua história ser contada nas folhas de O Jornal da Serra.
De início, elogio a nossa mídia, em seguida, lembrou de sua origem no Sítio Canta Galo, local de seu nascimento em Lagoa Nova/RN, pelas mãos da parteira "Nãniana", mulher caridosa, que atendia as necessidades das pobres parturientes de terras vizinhas, viajando a pé ou montada em um jumentinho, a quem o padre considerava uma criatura santa.
Nos minutos seguintes, contou que o nome na comunidade rural, onde viveu a infância e adolescência, trabalhando na lavoura e criação de animais, teve origem na lenda dos vaqueiros, que ouviam o canto de um "galo encantado", todas as vezes que campeavam na mata", mesmo sem haver habitantes nem galo algum.
Durante o nosso papo, além dos temas religiosos, recordou de tempos juvenis, vivenciados com dificuldades financeiras para estudar, participação no teatro Baraúna e, sobretudo, descorreu tranquilamente acerca de polêmicas em torno do celibato, crescimento evangélico, pedofelia, ateísmo, drogas e casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Com 18 anos, Erivan, o então jovem estudante, realizou o sonho de entrar no seminário de Caicó/RN, sendo que, aos 20 de fevereiro de 1986 foi ordenado. Ao longo da carreira eclesiástica, liderou paroquianos de Serra Negra do Norte/RN, Jucurutu/RN, Cerro Corá/RN, Currais Novos/RN e Tenente Laurentino Cruz/RN.
Minhas condolências aos familiares e amigos, pela perda irreparável.
Eliabe Davi Alves.

0 comentários:

Postar um comentário