Foto: Luís Henrique. |
Insatisfeitos com os cortes de verbas, estudantes, professores e outras categorias, nesta quarta-feira (15/05), estudantes, professores e outras categorias ligadas ao Instituto e Universidade Federal, fizeram manifestações, que encheram avenidas e praças de Currais Novos/RN.
No Rio Grande no Norte, em pelo menos 11 cidades, também aconteceram protestos, promovidos por instituições estudantes, sindicatos da educação e movimentos sociais ligados aos partidos, com víeis ideológicos de esquerdas.
Atos em reação a diminuição do orçamento, para instituições públicas de ensino superior, foram o lema das paralisações que aconteceram em todos os estados e no Distrito Federal.
Bloqueios
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado. Juntas, UFRN, IFRN e Ufersa tiveram bloqueios anunciados de R$ 101 milhões no orçamento.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhões, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.
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