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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Crise sem fim: escolas fecham as portas na Venezuela


Evelyn Guzmán e alunos em esecola venezuelana. (Foto: Belinda Soncini)
A crise econômica e social na Venezuela parece não ter fim. Quase 70% dos venezuelanos estão desempregados ou no setor informal e 60% das empresas desapareceram. Mais de 60% da população vive em situação de extrema pobreza.

A fome é uma constante e muitas crianças só estavam se alimentando porque o governo mantinha o Programa de Alimentação Escolar (PAE), que deveria garantir pelo menos duas refeições a todos os alunos das escolas públicas do país.

Contudo, não está chegando a nem metade dos alunos, denuncia Elvira Ojeda, do Movimiento Padres Organizados de Venezuela, organização de pais e representantes de escolas públicas e privadas. “Os alimentos são recebidos apenas duas vezes por semana e a comida é de baixa qualidade: somente arroz ou grãos, sem proteínas, muitas vezes vegetais em mau estado”, reclama ao Miami Herald.

Como não há subsídios o suficiente nas escolas públicas para alimentar os alunos, ONGs cristãs como a Fé e Alegria, tentaram cobrir as necessidades. “Pessoas famintas não conseguem ensinar nem aprender”, diz Víctor Venegas, presidente da Federação de Trabalhadores da Educação da Venezuela. Ele acredita que seu país se tornará, em breve, “uma nação de analfabetos”.

A evasão escolar em virtude da fome já é uma constante. “A desnutrição afeta gravemente os alunos porque causa falta de concentração, incapacidade de atingir habilidades acadêmicas e suas habilidades cognitivas estão sendo seriamente afetadas”, ressalta Ojeda. Ela conta ainda que casos de desmaio dos alunos durante o horário escolar causado pela falta de comida são constantes.

G.P

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