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quarta-feira, 21 de março de 2018

Gilmar Mendes e Barroso batem boca e sessão do STF é suspensa


Não foi a primeira vez que o clima esquentou entre os ministros. Intervalo não foi suficiente para acalmar os ânimos e Cármen Lúcia suspendeu a sessão.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) assistiu nesta quarta-feira 21 ao retorno de velhas rusgas entre os ministros Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso. Eles trocaram ofensas durante a sessão que discutia o futuro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O bate-boca levou a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, a suspender a sessão após duas horas de iniciada.

Mendes criticava mudanças nas regras eleitorais implementadas pelo Supremo, afirmando que elas teriam piorado o quadro partidário do País, especialmente a proibição de doações empresariais para campanhas eleitorais.

No meio de sua fala, o ministro aludiu à tentativa de Barroso em avançar a liberação do aborto na 1ª Turma do Supremo, que revogou a prisão preventiva de cinco médicos e funcionários de uma clínica de aborto em 2016.

Mendes apontou a tentativa como um ato de "iluminados", baseado num "direito achado na rua". "Ah, agora, eu vou dar uma de esperto e vou conseguir a decisão do aborto, de preferência na turma com três ministros. E aí a gente faz um 2 a 1", ironizou.

Barroso reagiu imediatamente, afirmando que ele já havia ofendido a presidente Cármen Lúcia, e o ministro Luiz Fux. Emendou que Mendes de "desonra" e "envergonha" o STF, além de estar sempre atrás de interesses que não são os da Justiça.

“Me deixa de fora desse seu mau sentimento", reagiu Barroso. "Você [Gilmar Mendes] é uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia. Vossa excelência nos envergonha. Sozinho desmoraliza o tribunal, não tem patriotismo, tem sempre interesse por trás que não é o da Justiça. Coisa horrorosa. Vergonha. Muito feio isso”, disse.

Em resposta, Mendes disse que recomendaria a Roberto Barroso fechar seu escritório de advocacia. Cármen Lúcia interviu suspendendo a sessão, que será retomada nesta quinta-feira 22.

Leniência
Não foi a primeira vez que Gilmar Mendes e Barroso discutiram publicamente. Em outubro de 2017, os ministros trocaram acusações no plenário da Corte Suprema depois que Mendes insinuou que Barroso mandou soltar o petista José Dirceu.

Barroso reagiu afirmando que Mendes tinha "parceria com a leniência", aliviando a vida de acusados de cometer crimes de colarinho branco, e ele "não trabalha com a verdade".

Mendes retrucou apontado Barroso como "advogado de bandidos internacionais", em referência a atuação dele antes de chegar ao Supremo na defesa do italiano Cesare Battisti.

Fonte: Carta Capital.

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