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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Renan preside sessão e senadores ignoram decisão do STF em discursos


Foto: Alan Marques/ Folhapress

Um dia após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir mantê-lo no cargo, mesmo sendo réu por peculato (desvio de dinheiro púbico), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu pontualmente a sessão de votações desta quinta-feira (8) às 10h35.
Renan chegou ao Senado sem falar com os jornalistas que o aguardavam na entrada de seu gabinete e foi direto ao plenário do Senado. Ele abriu a sessão de forma protocolar e não fez nenhum comentário sobre a decisão do Supremo da véspera.
No plenário, que às 11h contava com a presença de 50 senadores, nenhum dos discursos fez menção à situação de Renan, réu no STF, ou à decisão do Supremo de não o retirar do cargo.
A sessão, que segue em andamento, foi aberta às 10h35 e o processo julgado ontem no STF não foi abordado por nenhum dos oito senadores que usaram a palavra, tanto da oposição quanto da base do presidente Michel Temer.
O tema que domina o debate é o calendário de votações da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do teto de gastos públicos. O projeto congela as despesas do governo por 20 anos e tem sido criticada pela oposição porque reduziria investimentos em educação e saúde.
As senadoras da oposição Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentaram um recurso para que o Senado concedesse mais tempo de debate à PEC, pedido negado por Renan. Humberto Costa (PT-PE) também pediu o adiamento da votação da PEC.
Representantes da base do governo, como o líder do governo Aloysio Nunes (PSDB-SP), José Aníbal (PSDB-SP) e Magno Malta (PR-ES) defenderam a manutenção da votação da PEC no dia 13, próxima terça-feira.
Já o senador Marcelo Crivella (PR-RJ), prefeito eleito do Rio de Janeiro, defendeu que o Senado analise projetos que beneficiariam seu Estado.
Roberto Requião (PMDB-PR) também dirigiu suas críticas à PEC: "A PEC 55 [do teto de gastos] é ideológica. Ela parte da visão do Estado mínimo, do liberalismo econômico, que está quebrando o mundo", disse o senador do Paraná.
A PEC do Teto, que limita os gastos do governo e é considerada prioridade pelo governo do presidente Michel Temer, também está na pauta do dia, mas apenas para discussão. A votação final está marcada para a semana que vem.
uol

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