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domingo, 27 de setembro de 2015

Em quatro anos de estiagem, RN perda R$ 4,7 bilhões em agropecuária



O decreto de emergência em 153 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte, publicado recentemente no Diário Oficial,  traz um cenário devastador para a economia do estado: a queda no PIB (Produto Interno Bruto)  agropecuário em quase 60%. Isso significa que em quatro anos de estiagem, o RN perdeu R$ 4,7 bilhões para sua economia. 
 Esta é a maior estiagem no RN desde que se iniciou o registro do regime de chuvas em 1911, cita o decreto. A seca contínua de 2012, 2013, 2014 e 2015 está acabando o pasto e secando os reservatórios de água. Sem pasto não tem alimento para o gado, principalmente. Sem reprodução do rebanho bovino não há produção de carne, leite e seus derivados e a água da chuva que não vem interrompe a cadeira produtiva.
 A seca severa atinge 91,6% dos municípios potiguares com queda geral na produção. Este ano, de janeiro a julho,  o estado teve um volume acumulado abaixo dos 500 mm quando o normal para o período seria acima de 700mm. O prejuízo de R$ 4.698.225.6754  bilhões representa a redução de 57,54%  na formatação do total da agropecuária do RN em anos de chuvas regulares.
 Para a economia, estiagem prolongada é sinônimo de descapitalização generalizada dos produtores rurais que influencia na tomada de decisão sobre a área a ser plantada. Este ano, isso diminuiu drasticamente. 
Houve uma redução de 28,32% de plantio de grãos (milho, arroz e feijão) em 2015 comparado a 2014, ano também seco e, por isso, a produção baixou em 30,86%. Segundo o coordenador de Agropecuária da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e da Pesca (SAPE), Antônio Carlos Magalhães Alves, para a estimativa de perdas da agricultura foram considerados percentuais diferentes relativos aos principais subsetores do setor comparados ao grau de estiagem este ano.
Este ano, a produção de frutas irrigadas caiu 25% e o prejuízo para o setor canavieiro não foi diferente. Pelos registros da SAPE a queda na produção de cana de açúcar foi de 30%. A seca atingiu forte o pequeno agricultor  e as culturas de subsistência, inclusive o algodão e a castanha de caju, tiveram  queda de 60%.
 O que sobrou de pasto este ano está sumindo do campo e encolhendo a área de produção de alimento para o gado. Se chover em fevereiro do próximo ano só haverá pasto a partir de março. “Pensar em recuperação de qualquer dessas atividades só a partir de março de 2016, no mínimo”, avisa o coordenador da SAPE. 


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