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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Centrais sindicais aceitam, com ressalvas, plano de proteção do emprego




Em nome da preservação dos postos de trabalho e numa situação temporária e excepcional, a maioria das centrais sindicais presentes nesta terça-feira (11) à audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) sobre desemprego manifestou apoio à MP 680/2015, que criou o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). A medida permite a redução da carga horária e dos salários dos trabalhadores em períodos de crise, mas com um auxílio pago pelo Estado por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

— O PPE não é o ideal, mas entre já receber o fundo de garantia e começar a procura por outro emprego ou ficar no seguro-desemprego, sem segurança nenhuma, ainda acho que o PPE é o menos ruim. Dos males, o menor — afirmou Moacyr Tesch, da Nova Central Sindical.

Na avaliação de Tesch, o ideal seria o cenário de pleno emprego ou que as grandes multinacionais que tiveram "lucros exorbitantes" nos últimos anos de economia aquecida e os repassaram para sustentar as matrizes europeias agora reinjetassem os recursos para ajudar na crise brasileira. Mas, como tais alternativas estão fora do horizonte atual, opinou ele, é melhor que os trabalhadores se mantenham empregados, ainda que precisem lidar com a redução dos salários.

Ele também comentou o uso de recursos do FAT para diminuir as perdas salariais, algo que tem sido criticado, e considerou ser mais útil aplicá-los logo, numa tentativa de preservação do empregado em seus serviços, a usá-los mais tarde, no pagamento do seguro desemprego. O sindicalista também elogiou o período de estabilidade que a medida prevê: o funcionário da empresa que aderiu ao PPE não poderá ser demitido enquanto estiver utilizando o benefício, nem num período posterior de um quarto do total do tempo de adesão ao programa.

Sérgio Leite, da Força Sindical, frisou que a adoção do PPE para a proteção do emprego em momentos de crise é uma alternativa bem melhor do que o lay off, que é a redução temporária da jornada de trabalho e do salário, mas ainda bancado pela empresa, ou a suspensão dos contratos de trabalho para requalificação profissional, com benefício pago pelo FAT. No último caso, enfatizou, os trabalhadores não têm direito ao seguro-desemprego quando são demitidos, o que não ocorre com o PPE.

Sérgio Leite também informou que será lançada uma cartilha explicativa sobre o programa no dia 26 de agosto, a partir das 8h, no 10º andar do anexo 4 da Câmara dos Deputados.


Fonte: Senado notícias

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