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sábado, 20 de junho de 2015

Os meandros em torno da "Estrada da Produção" e a democracia



Muito se fala acerca dos benefícios econômicos inter-regionais que a estrada trará ligando a região do Potengi/RN à Serra de Santana/RN. Por outro lado, pouco se discute sobre infraestrutura e segurança nas cidades envolvidas no projeto. A estrada, a rigor, poderá trazer violência, crescimento desordenado, diminuição da qualidade de vida, etc., haja vista que, os municípios candidatos a receber obra, em sua maioria, não dispõem de Plano Diretor, fiscalizações e planejamento adequado de suas ruas e bairros. Outro fato que deveria ser levado em consideração e se a BR, cortará as areias centrais de cada cidade ou se haverá possibilidade de contorna-las.
Vale salientar que, também há nos municípios serranos um contingente diminutivo de policiais sem condições adequadas de trabalho, a começar pela péssima infraestrutura das unidades policiais, carecendo do Governo do Estado aumentar o efetivo de polícias com máxima urgência, bem como, melhorar seus equipamentos de ações, pois, a força do crime tende a crescer devido ao aumento do tráfico e consumo de drogas.
No entanto, não há dúvidas em relação ao auto potencial agrícola, turístico, cultural e industrial da serra, ao passo que, a estrada em questão, proporcionará um melhor escoamento dessa produção e encurtará a distância em direção a Capital Potiguar.A construção da Estrada da Produção é uma das obras mais aguardadas e vital para o desenvolvimento da economia dos municípios das regiões Seridó e Potengi do Rio Grande do Norte, é uma reivindicação de mais de 60 anos que irá abreviar em torno de 70 km o percurso da Serra de Santana a Natal, como também potencializar a economia e o turismo de cerca de 20 municípios das referidas regiões, beneficiando assim aproximadamente 150 mil pessoas. A região serrana, por sua vez, é composta em sua maioria de minifúndios, pois bem, por esse motivo, a população produtora não pode ficar de fora das discussão acerca do adiantamento dos tramites legais da construção da estrada. Mas, infelizmente, neste quesito, políticos e outros interessados, estão relegando o povo a segundo plano.
Até agora, as conversas e negociações sobre a “Estrada da Produção”, resumem-se apenas a assuntos de Casas Legislativas e publicações da imprensa. Um exemplo da não participação popular ocorreu na reunião sobre esse tema, proposta pelos parlamento do Potengi e Serra de Santana, os quais, intitularam o evento de "Audiência Pública", realizado no dia 19 de junho do corrente, nos Chalés dos Cajueiros em Lagoa Nova/RN, posto que, o não se sabe o motivo do evento ter acontecido nos Chalés: envolvem lucratividade financeira para seus proprietário? em detrimento da não participação popular nos debates sobre a estrada.  Ora, audiência pública, no mais pleno sentido da palavra, é uma reunião pública informal. Todos na comunidade são convidados a comparecer, dar suas opiniões, e ouvir as respostas de pessoas. 
Nas comunidades heterogêneas de hoje, com grandes populações, geralmente, as audiências públicas são conduzidas por pessoas que podem dar chance das  vozes serem ouvidas. No evento, estavam deputados, prefeitos e vereadores das micro-regiões envolvidas, além também, de contar com a participação de uma senadora. Mas, como o próprio nome sugere:  "Audiência publica", devia ter sido um evento onde a palavra deveria ser facultada a  platéia, mais, lá só houveram discursos de políticos convidados, em torno da pauta do dia. Na ocasião o secretário estadual de infraestrutura, Jáder Torres, representou  o Governo do Estado, evento e anunciou que a obra deve ser retomada nos próximos 3 meses e que aguarda, até o final do mês, a liberação de recursos na ordem de R$ 4 milhões a serem aplicados na conclusão das pontes e cabeceiras das pistas. “O restante do recurso, que irá assegurar a conclusão das obras até o município de Lagoa Nova, está previsto no plano de aplicação do empréstimo do Governo do Estado junto ao Banco do Brasil”, afirmou o secretário.
A reunião, de ontem,  aconteceu em espaço apertado, seu publico foi composto praticamente por políticos e auxiliares. A essa altura, a pergunta que fica é: Por que não realizam uma audiência pública no centro da cidade, em local de fácil acesso, para que participem os verdadeiros autores da produção de riquezas serranas? O JORNAL DA SERRA sugere que, as próximas reuniões sejam mais democráticas, e também, o povo seja convidado a participar via divulgações maciças em em rádios comunitárias e carros de sons, nas ruas das cidades escolhidas.

Eliabe Davi Alves – Diretor proprietário de O JORNAL DA SERRA DE SANTANA/RN

Em breve mais fotos.



3 comentários:

  1. Comentários bem fundamentados, mas creio que a estrada é necessária por diversas vantagens!

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  2. Comentários bem fundamentados, mas creio que a estrada é necessária por diversas vantagens!

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