Curso com certificado!

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Witzel lamenta morte de Ágatha e defende política de segurança


O governador do Rio, Wilson Witzel, lamentou a morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, e defendeu a política de segurança que implementou no estado. A estudante foi vítima de bala perdida, no Complexo do Alemão, na noite da última sexta-feira (20).
Moradores dizem que a bala partiu de um policial militar. A Polícia Militar (PM), no entanto, informou que naquele dia equipes policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fazendinha, na esquina da Rua Antônio Austragésilo com a Rua Nossa Senhora, foram atacadas de várias localidades da comunidade de forma simultânea e que os policiais teriam então revidado à agressão.
Nesta segunda-feira, o governador reuniu seus secretários da área de segurança para uma coletiva no Palácio Guanabara. “Eu lamento profundamente a perda. Meu sentimento é de pai, que também tem uma filha de 9 anos. Olhando a minha filha, você acha que eu não choro, pensando na dor de qualquer pai ou mãe? Eu sou pai, tenho meus filhos em casa. Olho para eles na cama e penso: 'amanhã aquela mãe não vai ter mais um filho deitado na cama, para olhar, acariciar, passar a mão no cabelo'. Vocês pensam que eu não penso nisto? Eu não sou um desalmado. Eu sou uma pessoa de sentimento. Mas não é porque nós temos um fato terrível como este que nós vamos parar o estado”, disse o governador, ao final da coletiva, visivelmente emocionado.
Witzel aproveitou a coletiva para fazer uma defesa da política de segurança implementada por seu governo, que tem gerado um alto número de mortes em confrontos e também várias vítimas inocentes, atingidas por balas perdidas. Só este ano, cinco crianças morreram por causa do fogo cruzado.
“A sensação de segurança é nítida. Nós hoje estamos em um ritmo de trabalho como nunca houve na história do estado e isto está incomodando demasiadamente o crime organizado, pois eles sabem que vão sofrer mais perdas ainda e nós não temos a menor intenção de parar de fazer o que está sendo feito. No caso da menina Ágatha, não era uma operação. O que o tráfico e o crime organizado fazem é fustigar a polícia para que ela seja obrigada a enfrentá-los. A polícia não cria o confronto. Quem cria o confronto são as organizações criminosas”, disse.

Palanque

Em outro momento da coletiva, o governador afirmou que parte da oposição estava fazendo da morte da menina um palanque político para atacar seu governo e também o pacote anticrime defendido pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.
“Não transformem em palanque político o caixão das vítimas da violência. É indecente usar um caixão como palanque, principalmente o de uma criança. A oposição está fazendo um palanque em cima do fato. E como a situação se desbordou, eu preferi reunir o nosso governo para que nós déssemos uma explicação de estado”, declarou.
Questionado sobre a demora em se pronunciar, Witzel que estava reunindo informações, para se manifestar: “No caso da menina Ágatha eu não estava no momento. Eu estava acompanhando, recebi a notícia de forma indireta. Eu conversei com o secretário [de Polícia Civil] Marcos Vinícius, fiz várias ligações para ele. Fiz várias ligações para o comandante [da Polícia Militar, Rogério] Figueiredo, até que eu pudesse fazer um juízo de convicção para o momento”. Ambos os secretários estavam ao lado do governador na coletiva.

FONTE: Agência Brasil

0 comentários:

Postar um comentário