Ignácio Loyola e Dorian Jorge, amigos, desde do auge da "Última Hora" (Foto da internet).
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Na imprensa nacional, ontem (14/3), pipocou a notícia da eleição, por unanimidade dos imortais da Academia Brasileira de Letras, do Jornalista e escritor Araraquarense Ignácio de Loyola Brandão, de 82 anos, vencedor dos maiores louros literários, entre tantos cito: prêmio da Fundação Biblioteca Nacional(2007), Prêmio Jabuti (Melhor Ficção/2008) e Prêmio Machado de Assis (Conjunto da Obra/2016).
O autor, com mais de 40 obras, como por exemplo: "Zero", "Não verá país nenhum", "O menino que vendia palavras", que comprovadamente, em seu estilo de escrita esbanja criatividade ficcionais, densidade estética na arte da construção de narrativas e personagens. Loyola no cenáculo machadiano, ocupará a cadeira 11, vaga desde setembro de 2018, em razão do falecimento do sociólogo Hélio Jaguaribe, até então, ocupante da cadeira.
Profissionais de imprensa e dos meios literários, sabem que Loyola, possue relações com o RN, muito além de confrarias e eventos da cena livresca natalense. Pelo menos, de uma de suas vindas ao RN, eu mesmo sou testemunha, que por volta de 2010, em Festival no Literário de Natal, me valeram até um livro autografado.
O recém eleito, para a alta corte das letras nacional, começou se inteirar de como era a terra de Poty, graças a amizade fecunda , com o Jornalista mossoroense Dorian Jorge Freire (1933-2005), iniciada durante a estadia do potiguar na capital paulista, na redação da "Última Horas", jornal criado por Samuel Wainer (1910-1980), ande ambos trabalhavam. Penso que lá, as peripécias, e pioneirismos da terra da resistência, em diálogos com este interlocutor, eram amplamente difundidos por Dorian. Haja vista que, foi em seu torrão natal, que os escravos foi libertos por antecipação. A mulher conquistou o primeiro voto. E, sobretudo, seus conterrâneos, resistiram firmemente as investidas do Rei do Cangaço.
Pela projeção que o Jornalista Norte-Rio-Grandense conquistou na imprensa nacional, tendo fundado o "Brasil Urgente", também de circulação nacional. Atuou também na editora Abril. Por aqui dirigiu as redações "Diário de Natal", "Tribuna do Norte", e exercido outras funções em "O Mossoroense", periódico onde começou a carreira de sucesso e, por último, na "Gazeta do Oeste, somando-se a isso, publicou ainda livros de crônicas, com destaque para a obra: "Os dias de domingo". Diante do exposto, nesse artigo, presumia que o noticiário de nosso estado, destacaria a ligação dos cronistas, algo que acabou não acontecendo.
Mas, enfim, de uma coisa tenho certeza: sempre é tempo de reverenciar a memória de Dorian...A eleição de seu amigo, seria um momento oportuno, para de alguma forma, evocar sua memória de homem de letras que foi...Fica o alento, de que ABL recebe em seus quadros, um ficcionista de raro talento literário.
Loyola, parabéns!
Por Eliabe Davi Alves-Repórter e editor.
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