“O torcedor lagoanovense, começou conhecer futebol através do Palmeiras”, diz Alexandre Guilherme
Por Eliabe Alves
Desde (21) de Janeiro desse ano, quando foi empossada, a diretoria da Associação Desportiva e Cultural Palmeiras, vem se empenhando na revitalização e manutenção do estádio Francisco Jerônimo de Medeiros, o “Chicozão”. Graças a colaborações dos sócios torcedores, comerciantes e outros, a partir desta data, aconteceram à recuperação dos muros, pintura, reestruturação de banheiros, vestiários e equipamentos esportivos. Apesar do histórico de vitórias e extensa tradição no esporte amador lagoanovense, antes disso, o Verdão do Seridó, que foi fundado em 1970, não conseguiu superar dificuldades estruturais. Sobre estes e outros assuntos, falou a reportagem de O JORNAL DA SERRA Francisco Alexandre da Costa Guilherme, que tem no avô Sebastião Guilherme, o maior exemplo que dignidade. Alexandre é devoto do padre Cícero e São Francisco de Assis. Joga no time a bastante tempo, e também é o terceiro militar a dirigir o clube. O primeiro foi o sargento Belarmino, que comandou a antiga Sociedade Esportiva Palmeiras, no início da década de setenta do século passado. O segundo foi o soldado Luziano Pereira, que havia chefiado o time, em meados da primeira dos anos 2000. Confira:
O JORNAL DA SERRA: Ao ser empossado, que condições você encontrou o
Palmeiras?
ALEXANDRE GUILHERME: Encontrei um time com uma história grandiosa...
Um time campeão. Mas, sofrendo com algumas questões estruturais. O campo
encontrava-se totalmente destruído. A administração que ali estava, se propôs fazer
algumas obras, porém, não conseguiu os incentivos financeiros necessários para
a realização dos trabalhos. Encontramos paredes do muro derrubadas e o
vestiário totalmente destruído.
Alexandre Guilherme (presidente) ao lado de José Javane (vice-presidente). Foto: Divulgação.
O JORNAL DA SERRA: Durante o primeiro semestre do ano, quais são as
principais melhorias que a nova direção conseguiu realizar?
ALEXANDRE GUILHERME: Em primeiro lugar, reconheço que o presidente
anterior, me entregou a equipe com um material humano riquíssimo. Os melhores
atletas da região estavam no Palmeiras, com duas copas dos campões no currículo
e salvo engano, com dois campeonatos municipais. A partir dai, começamos a
reestruturação do campo. Todos nós sabemos que futebol amador, não se faz sem
apoio do setor público ou privado. Por o ex-presidente está sozinho, não teve
como colocar em prática, todos os projetos que tinha.
O JORNAL DA SERRA: Cite os trabalhos executados em sua gestão?
ALEXANDRE GUILHERME: Conseguimos reestruturar as paredes que
estavam caídas, inclusive o campo estava aberto. O vestiário também conseguimos
restaurar. Estamos com o material assegurado para a instalação do memorial do
Palmeiras, que será colocado ao lado do vestiário, ou seja, os troféus,
medalhas e fotografias, serão deslocados para lá. Ainda temos muita coisa para
fazer.
“Todos nós sabemos que futebol
amador, não se faz sem apoio do setor público ou privado”
O JORNAL DA SERRA: Sobre
redes e linhas o que tem a falar?
ALEXANDRE GUILHERME: Recebemos as redes da gestão antiga. Fachas e
linhas devemos muito a um guerreiro,
conhecido como Paulo do CENAN, é um cara responsável pela limpeza do campo. O
ser humano, por onde passa tem a cabeça de está sujando. Paulo, também poda árvores
que crescem para dentro do campo, marca o campo para os dias de jogos, coloca
cordas para separar as torcidas, higieniza os banheiros masculinos e femininos.
Vale salientar que, antes, ambos estavam desativados.
Formação atual, da equipe titular do Palmeiras de Lagoa Nova (Foto: Divulgação). |
O JORNAL DA SERRA: Como a Associação mantem-se?
ALEXANDRE GUILHERME: Escolhi a minha diretoria a dedo e, tenho em
Javane, o meu braço direito. Um dos nossos objetivos já era resgatar para o
Palmeiras, os amantes do clube das zonas urbana e rural, para que eles
voltassem sentir alegria ao ver o nosso time jogar e em seguida, voltasse ter o
prazer de colaborar conosco. Após montarmos a associação, escolhi pessoalmente,
vinte amigos sócios colaboradores, sendo que, nem um deles se recusa em colaborar.
Cada mês surge mais, ao todo são 35. Há também aqueles que ajudam de outras
formas, é esse povo, que faz o Palmeiras funcionar. Um exemplo disso é o
custeio de bolas, ou uns simples refrigerantes que os jogadores eventualmente, tomam
após os jogos.
O JORNAL DA SERRA: Você pode citar nomes de colaboradores extras?
ALEXANDRE GUILHERME: O vereador Lourival Adão, sempre abraça os
eventos do Palmeiras, e nos ajuda da melhor forma possível. A Liga Desportiva
Lagoanovense existe há muitos anos, mas, não sabemos de que forma funciona, não
recebemos incentivos dela. Há outros colaboradores, que o time agradece as colaborações,
são eles: Comercio de Erimar, Dislane Fisioterapia, O Jornal da Serra, Varejão do Construtor e o Supermercado Santo
Antônio.
O JORNAL DA SERRA: Como você vê nova Coordenação Municipal de Esportes?
ALEXANDRE GUILHERME: Estou apostando muito no professor Paulo Roberto,
que é uma pessoa da mente aberta. Um cara inteligentíssimo, responsável e
sério. Como ele é muito centrado, eu creio que tem tudo para dá muito certo. Disse
a ele mesmo, que se os planos dele derem certo o esporte local dará um salto de
100%. Através de Paulo, já vemos uma possibilidade
de parcerias. Sei que é difícil o Poder Publico ajudar uma Associação. Mas,
temos que ver que, o nosso campo é a única praça de eventos, que ao longo de
décadas, vem servindo ao esporte lagoanovense. Hoje, funciona também no nosso
campo, uma parceria com os projeto Bom de Bola e o projeto da Liga.
O JORNAL DA SERRA: Como o Palmeiras
conseguiu sobreviver ao longo de todo esse tempo?
ALEXANDRE GUILHERME: O nosso time, foi a
primeira equipe organizada no município, o torcedor lagoanovense, começou conhecer
o futebol através de nosso Palmeiras. Todas as equipes que surgiram no município
foram através do nosso time. Depois surgiram o Guarani, Beija Flor, Ginásio, O Ulisses
e outros. A questão do Palmeiras ser forte, se dá pela tradição, e também por outra questão interessante; o ex- jogador Manoel
Gregório, um de nossos fundadores, que
na década de noventa, tinha sete filhos jogando no time. Até hoje, nunca abandonou o Palmeiras,
acompanha o time em tudo. Na família dele, o futebol vai passando de pai para
filho, de filho para neto e primos.
O JORNAL DA SERRA: Quais foram os
jogadores e dirigentes que marcaram época no time?
ALEXANDRE GUILHERME: Os jogadores que
não vi na ativa, são as lendas vivas: Manoel Gregório, Tonhinho de Zé Melo e
Nozão. Da turma nova temos Preta Gregório, Rosa Barbosa, Raimundo de Cícero,
Sérgio Ramos, Cal Gregório, Paulinho Gregório e muitos outros. Jerri, talvez, seja o maior craque da região. Destaco
dois dirigentes: Chagas Fotografo e Eris, que seguram o time aos trancos e
barrancos, que à suas épocas, tiveram um papel muito importante dentro do time.
Vestiário e banheiros, revitalizados no campo do Palmeiras (Foto: Divulgação). |
Pinturas de muros em paredes internas do campo (Foto: Divulgação). |
Campo do Palmeiras, desde 1990, serve ao esporte lagoanovense, haja vista que, neste local treinam e jogam outros times locais (Foto: Divulgação). |
Muros internos do campo do Palmeiras, restaurado e pintado (Foto: Divulgação). |
Colocação de novo portão de entrada, pintura de escudo do Palmeira e, ao lado, o nome do estádio e apoio publicitário da empresa Arte Silk (Foto:Divulgação). |
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