A sede da mais alta Corte de Letras do Brasil está situada na capital fluminense (Foto: Divulgação). |
A Academia Brasileira de Letras comemorou seus 120 anos de fundação, dia 20 de julho, quinta-feira, em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon. A Acadêmica e escritora Nélida Piñon, Secretária-Geral da ABL, foi a oradora oficial do evento e exaltou a História da Casa por intermédio dos objetos que contam sua trajetória desde 1897.
“Os objetos espalham-se pelas bibliotecas e pelas salas. Ao vê-los inertes na aparência, compunjo-me, procuro saber que arrebato se escondeu em cada um deles. Entre eles, observo o pince-nez com o qual Machado escrevia. Este pince-nez arfa na Academia Brasileira de Letras. Felizmente alguém o retirou do seu rosto salvando-o de seguir com Machado de Assis para a eternidade”, disse a Acadêmica em seu discurso na cerimônia.
Na mesma solenidade, o historiador baiano João José Reis, um dos mais importantes do Brasil nessa área, autor de diversos livros, entre eles A morte é uma festa, recebeu o Prêmio Machado de Assis de 2017, no valor de R$ 300 mil, e um diploma. O Acadêmico e historiador José Murilo de Carvalho fez a saudação ao vencedor. Também foi dada a palavra ao ganhador do prêmio.
Encerrada a solenidade, o Presidente convidou os presentes para assistirem a uma apresentação do Quarteto de Cordas Rio de Janeiro (Ricardo Amado, violino; Andrea Moniz, violino; Dhyan Toffolo, viola; e Ricardo Santoro, violoncelo) e participar do coquetel que se seguiu ao espetáculo.
Murilo Melo Filho, jornalista e escritor potiguar, é um dos membros da casa dos imortais ( Foto Divulgação). |
O também potiguar João Almino, diplomata e escritor, também ocupa acento no senáculo das Letras Nacionais (Foto: Reprodução). |
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O VENCEDOR DO PRÊMIO MACHADO DE ASSIS 2017 (Foto: Nós Transatlânticos). |
Graduado em História pela Universidade Católica de Salvador, João José Reis tem mestrado e doutorado pela Universidade de Minnesota e diversos pós-doutorados, que incluem a Universidade de Londres, o Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences, da Universidade de Stanford, e o National Humanities Center.
Também foi professor visitante das seguintes universidades: Universidade de Michigan, Universidade Brandeis, Universidade de Princeton, Universidade do Texas e Universidade de Harvard. Atualmente é professor titular do departamento de História da Universidade Federal da Bahia
Entre seus livros de maior destaque estão: Negociação e Conflito: A Resistência Negra no Brasil Escravista; Liberdade por um Fio: História dos Quilombos no Brasil; Rebelião Escrava no Brasil: A História do Levante dos Malês.
João José Reis recebeu diversos prêmios no Brasil e no Exterior, entre eles: Prêmio Casa de las Americas, do Instituto Casa de las Americas, de Cuba; Ordem Nacional do Mérito Científico na Classe de Comendador, do Ministério da Ciência e Tecnologia e Academia Brasileira de Ciências; Prêmio Jabuti de Literatura (melhor obra de não-ficção com o livro A morte é uma festa), da Câmara Brasileira do Livro.
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