“Não vou dizer para o senhor que fazia relatórios, que eu dava um tipo de consultoria que eu não dava, porque eu vou faltar com a verdade. Vou fazer um falso testemunho”, explicou o ex-ministro . “Dei consultoria a 60 empresas nesses anos. Sempre mantive meus clientes informados. Ou meus clientes me ouviam para saber de economia, politica, mercado.”
Dirceu disse ainda que durante o julgamento do mensalão sua vida financeira foi “devassada” pela Receita Federal e que “praticamente” recebeu um “atestado de honestidade” do órgão. O petista, contudo, admitiu ainda que errou ao aceitar favores do lobista Milton Pascowitch, um dos operadores do esquema de pagamento de propinas da Petrobras. O lobista teria pago reforma de sua casa no interior paulista.
“Essa residência sofreu uma devassa da Receita Federal por conta da ação penal 470 [mensalão] e todo o meu imposto de renda anterior de cinco anos [foi investigado]. Recebi praticamente um atestado de honestidade. Até 2006, Dr. Moro, eu vivia de salário ou de funcionado da Assembleia de São Paulo ou de deputado, ou de presidente do PT. Não tive outra renda.”
O ex-ministro citou o depoimento do ex-presidente Lula à Lava Jato ao falar do seu papel na escolha de Renato Duque para a Diretoria de Serviços da Petrobras, em 2002. Dirceu disse que apenas avalizava nomes indicados por partidos da base aliada, por ministros e pela equipe de transição.
“Não se pode dizer que eu indiquei o senhor Renato Duque, mas também não se pode dizer que eu não tive participação”, disse o ex-ministro. “Vou tomar com base o ex-depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No governo, a indicação, como em todo governo, vem da base partidária do próprio governo, de ministros, parte da equipe de transição, não é uma indicação exclusiva. Isso é uma composição politica como ocorre nos Estados Unidos, Inglaterra e Portugal.”
FONTE: Gazeta do Povo
FONTE: Gazeta do Povo
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