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domingo, 16 de abril de 2017

Número de políticos ligados a igrejas deve crescer em 2018


Desejo de mudança e denúncias de corrupção reduz chance de reeleição dos políticos atuais (Foto: Divulgação).


O Brasil vem testemunhando uma série de denúncias de corrupção nos últimos anos, que resultaram na prisão de ex e atuais deputados, ministros e detentores de cargos públicos. A lista divulgada esta semana pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em que o ministro Edson Fachin autoriza novas investigações gerou ainda mais certeza que os que ocupam cargos eletivos hoje em dia não serão reeleitos.


Isso deve se refletir na campanha de 2018, quando deverá aumentar o número de políticos ligados a igrejas, avaliam especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

Fachin deu sinal verde e as investigações, no âmbito da Lava Jato, afetarão grande parte dos mais poderosos políticos e dirigentes partidários brasileiros. No total são cerca de duas centenas de pessoas, incluindo os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

A especialista diz ainda que, quando a política partidária perde legitimidade, as igrejas acabam ganhando força “como canais para a construção de carreiras políticas”. Ou seja, deverão ganhar mais espaço candidatos ligados a elas.

STF e políticos evangélicos 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está analisando uma cláusula para impedir o uso do poder econômico e a influência das igrejas no período eleitoral, afirmou o presidente da Corte eleitoral, Gilmar Mendes.


“Depois da proibição das doações empresariais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), hoje quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne 100 mil pessoas num lugar e diz ‘meu candidato é esse’. Estamos discutindo para cassar isso”, alegou o ministro.

Segundo o ministro, existe o uso da religião para direcionar as eleições, contando ainda com os recursos das igrejas, sejam eles material ou mesmo o uso dos templos.

Gilmar Mendes comentou que existe uma tendência para abuso de poder econômico de “difícil verificação”, sendo necessário a intervenção do TSE.

Segundo a Veja, a bancada evangélica na Câmara dos Deputados cresce a cada eleição. Conforme informações do TSE, em 1998, eram 47 parlamentares. Em 2014, foram eleitos 80.

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso, tem 181 deputados e quatro senadores participantes, que incluem, os deputados ligados às igrejas, simpatizantes e outros parlamentares que defendem as mesmas matérias.

Hoje no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os evangélicos têm uma representação de 22% da população.

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