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sábado, 16 de abril de 2016

Segurança de Lula agride manifestante na entrada de hotel


Em um tumulto durante o retorno do ex-presidente Lula ao hotel Royal Tulip, no fim da manhã deste sábado (16), um dos seguranças que fazem parte de sua comitiva desceu do carro e deu um soco e um empurrão em um manifestante que protestava pelo impeachment no local.

Os cerca de 20 integrantes de grupos pró-impeachment estavam no local com um "mortadelão", organizado pelos movimentos Acorda Brasil e NasRuas, fazendo protesto contra as negociações de Lula por apoio a Dilma.

Como o ex-presidente saiu cedo para participar de um evento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), os manifestantes ficaram à espera de seu retorno.

Quando a comitiva de carros do ex-presidente voltou, os manifestantes cercaram um dos veículos, mas o carro que levava Lula conseguiu entrar. No momento do último veículo da comitiva entrar no hotel, um dos seguranças abriu a porta do carro e saiu para agredir o manifestante, voltando para o veículo logo em seguida.

No tumulto, policiais militares que faziam a segurança no local chegaram a jogar spray de pimenta. Já os manifestantes deram socos no carro.

"[Ele] desceu do carro, veio para cima de mim que eu era o primeira da frente, tentou me dar um soco, acabou errando o soco e me jogou em cima das motos", relatou à Folha o manifestante, Kleber Luiz de Borba, 23, de Santa Catarina, que afirma ter ido a Brasília só para participar dos protestos contra Dilma.

Kleber exibia um ferimento na costela, com sangue. "O resultado foi esse aqui", disse.

Após a confusão, a PM enviou reforços para a portaria do hotel, mas não houve novos tumultos. Um grupo de dez policiais militares entrou para conversar com o segurança de Lula que protagonizou a briga.

A Folha acompanhou o diálogo. O PM que liderava o grupo afirmou a ele que a equipe de seguranças "têm a obrigação" de fazer Lula sair e voltar sem que seja percebido. Em sua defesa, o segurança afirmou que os manifestantes estavam "incitando o ódio e a violência" e que também é contrário à violência. Depois da conversa, os policiais militares voltaram para a portaria do hotel. O segurança não quis falar com a reportagem da Folha.

Por último, um grupo de manifestantes do MST chegou à portaria do hotel para dar apoio a Lula e rivalizar com os manifestantes anti-Dilma. A PM separou os grupos para não haver mais tumulto. Até a publicação desta matéria, os manifestantes continuavam na portaria do hotel.

FONTE:Jornal Folha de São Paulo

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